Cisne Negro

Cisne Negro
Cora Coralina

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Adeus 2005,aos colegas da turma do santa Cruz-80

Adeus ano velho.Feliz ano novo... ..."
Se você do alto de seus 42 anos nunca teve, ainda que por um átimo de segundo ,uma vontade louca de se suicidar aos primeiros acordes dessa musiquinha infeliz ,ou nunca achou uma tremenda babaquice v. estar ali na praia, todo de branco, com copo na mão,não leia o texto. Ele, definitivamente, não foi escrito pra você.
Bom, Reveillons nunca foram exatamente meu forte. Tendo a sentir uma sensação de deja-vú ou então me ponho a fazer questionamentos idiotas sobre o sentido da vida e dá-lhe por quê fiz ou deixei de fazer isso ou aquilo.

A verdade é que melhorei (ou piorei, sei lá, depende do referencial)nesses anos.E pretendo me despedir de 2005 com muita classe. Porque ele foi um ano batuta, se menos fina eu fosse, diria q. foi do cacete.Nem do rato,nem do gato. Mas do cacete.Por vários motivos. Não que eu não tenha sofrido.Muito pelo contrário.(I'm the queen of pain, by the way.)Chorei muito por vários dias, principalmente nos Domingos e em determinadas fases do mês, todo mês.Falei e fiz coisas q. me causaram muitas dores de cabeça.A impulsividade é um bom antídoto contra úlceras e enterocolites.Mas paga-se um preço alto por ela.E a vida tb. aprontou das suas comigo.Vs. sabem como ela apronta de vez em quando, não?

Mas no compto. geral, eu fui muito feliz. Vi meu João desabrochar e passar a pisar fundo e com confiança, o que lhe possibilitou aberturas de caminho na classe, no grupo, na família e no mundo.Cresceu muito, ainda que continuasse a ser "o mais baixinho da série".Fez até uma propaganda. Os outros então, nem se fale. Manu escreve textos bárbaros e devora livros.Tomás tá bacana. Vai pro CISV em Janeiro.
Se não fossem os arranca rabos diários ,os larga seu irmão, olha o jeito que fala com sua mãe, vá já fazer lição e os berros, tapas, chantagens,promessas, mais berros,diria que a maternidade é o céu.Não é. É só a maternidade.

Fora as outras coisas boas. As surpresas dadas pela vida, assim de mão beijada.O beijo que um bombeiro (que bombeiro, minhas amigas) me soprou um dia no parque,e-mails amorosos cheios de elogios a minha prosa, as caminhadas com o compadre André,as caxuxas de São Fco.,os happy (& sad)hour com mis amigas(eu tenho as amigas mais queridas desse mundo),o Mi Putas Tristes, os filmes, a praia de Guaecá com sol, a Europa onde pus meus pés pela primeira vez em Julho, as fotos, os quadros, a Folha nossa de cada dia(sou viciada em jornal), o tarô(sim,leio tarô)e todas as pessoas inteligentes que cruzaram meu caminho. Tenho um fraco por gente inteligente.

E também nosso encontro. Cair a ficha que embora transbordassemos colágeno e elastina, aqueles não foram os anos dourados.Os anos dourados e oh, como eramos felizes e plenos só existiram nas nossas cabeças.Aqueles eram anos bons, mas difíceis, tanto como agora. Só que agora é mais bacana.Num sei dizer por quê.Sinto que é , e pronto.

Portanto, pretendo dar um abraço em 2005 e dizer que valeu, cara.Não fiz sempre o melhor, mas fiz o possível. E benvindo seja 2006, tão novo quanto um caderno em branco.Que possamos deixar nele marcas que valham a pena, que sejamos capazes de vivê-los plenamente. Porque não somos Carolinas deixando a vida passar na janela. Que Deus nos dê muita saúde e força para amarmos e trabalharmos muito.Porque amar e trabalhar é bom demais, dá até pra prescindir de "uma droga que nos dê alegria".É isso. Le Haim. Shalom.Amém.

beijo,
Rosane.

Nenhum comentário: